ARQUITETURA SENSORIAL PARA DEFICIENTES VISUAIS: INTEGRAÇÃO SOCIAL ATRAVÉS DE UM CENTRO RECREATIVO

Larissa Rizzi FERRARI

Resumo


A arquitetura tem um grande papel social, e nos projetos têm-se visto cada vez mais a presença
da acessibilidade. No entanto, a visão, enquanto um dos sentidos, ainda é muito privilegiada nas
construções, afetando aqueles que não conseguem se maravilhar com as belezas da arquitetura
em suas composições. Assim, o presente trabalho tem como intuito analisar e entender a arquitetura
sensorial como base de desenvolvimento de projeto para, desta forma, conseguir proporcionar
aos deficientes visuais a possibilidade de integração e acesso às sensações que a arquitetura
traz de forma igualitária através do desenvolvimento de um Centro Recreativo. Para o desenvolvimento,
foi necessário compreender o mundo dos deficientes visuais, entender sua deficiência e
como funciona sua percepção do espaço. E para isso foram utilizadas bases como IBGE, OMS,
ONU e artigos científicos. Em sequência, foi preciso compreender a arquitetura e sua relação com
os sentidos do ser humano usando como referência Juhani Pallasmaa e Juliana Duarte Neves.
Para tornar os conhecimentos aplicáveis, foram necessárias análises projetuais tanto na área da
arquitetura sensorial, quanto na área de lazer e para isso foram escolhidos projetos através de sua
importância em tais aspectos. Com as referências foi possível criar o programa de necessidades
de um Centro Recreativo, que integra o lazer com a arquitetura sensorial, e, consequentemente,
seu pré-dimensionamento. Com o pré-dimensionamento em mãos, foi escolhido o terreno e feita a
visita para análise “in loco” do entorno, topografia e orientação. Com esses dados foi feito um
estudo de implantação juntamente com a planta baixa e projeto de paisagismo de acordo com os
dados climáticos e os materiais para que o sensorialismo fosse presente no projeto.


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