RESILIÊNCIA PRESENTE NAS FAMÍLIAS CUJOS FILHOS ENCONTRAM-SE EM SITUAÇÃO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

Jacqueline Tumitan SELMO

Resumo


O presente trabalho discorre sobre a resiliência nas famílias com crianças e adolescentes em situação de acolhimento na Sociedade Civil Lar dos Meninos de Presidente Prudente, diante de um fator que gera traumáticas tensões e estresses em razão da separação entre pais e filhos. A resiliência engloba os meios e condições em que se encontram essas famílias, entendendo seu contexto e território, bem como suas relações formais e informais. Entendendo o acolhimento como uma situação que gera choques e traumas, as famílias podem (ou não) encontrar forças para se adaptar a essa nova realidade e se recuperar visando o fortalecimento de seu papel protetivo. Em sua história, os indivíduos devem encontrar oportunidades para se desenvolverem satisfatoriamente, sendo garantido acesso á educação, saúde, habitação de qualidade, acesso á cultura e lazer, construindo uma ampla rede de relações. Igualmente, recursos afetivos e apoio social devem compor tal acervo. Contudo, sabe-se que muitas famílias vivenciam graves situações de vulnerabilidade e subalternidade e, se não houve ruptura nas vulnerabilidades que fragilizam seu desenvolvimento, ela se reproduzirá em seu meio, nas gerações seguintes e dificilmente exercerão seu papel protetivo. O trabalho aborda também a Política Nacional de Assistência Social – PNAS e seus serviços que vão além da segurança monetária estendendo sua atenção a vulnerabilidades sociais e riscos sociais que implicam na violação de direitos. Atrelada a outras politicas públicas, a PNAS tem o objetivo de romper o ciclo de vulnerabilidade e subalternidade. A PNAS está organizada por níveis de proteção: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de média e alta complexidade. A rede hierarquizada dos serviços está prevista na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, (Resolução nº 109, de 11 no novembro de 2009). Nesse sentido, encontrar terreno fértil para que transformações possam ser germinadas é também papel da PNAS, junto com outras políticas, para que seja possível uma mudança da realidade, com ambiente protetivo, qualidade de vida, acesso digno aos serviços oferecidos, ampla rede de relações para manutenção da convivência comunitária e consequentemente uma vida resiliente. Não há como prever as adversidades que podem aparecer no caminho, mas é possível fortalecer os indivíduos, aumentando sua capacidade de encontrar resposta e alternativas para solução de problemas, não sendo apenas mero espectador, mas protagonista de sua história. É essa a essência da resiliência sobre a qual nos debruçamos no decorrer da presenta pesquisa. Para entendermos a realidade concreta, nos aproximamos da história de quatro famílias com filhos em situação de acolhimento institucional ou familiar, sendo assim, estão inseridos num serviço de proteção especial. Para a realização da pesquisa, utilizou-se o método dialético, a pesquisa qualitativa, por meio do estudo de caso, foi realizada através de pesquisas bibliográficas, websites para o conhecimento de diferentes conceitos do tema, e a técnica de pesquisa documental.


Texto completo:

PDF