A REINTEGRAÇÃO SOCIAL DOS TRABALHADORES PRESOS FRENTE ÀS TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO DO TRABALHO
Resumo
Este trabalho tem como tema central identificar os fatores que dificultam a
reintegração social dos presos, tendo como eixo o mercado de trabalho que sofreu
profundas transformações nas últimas décadas. São mudanças relacionadas ao
processo produtivo que dentre outras coisas levaram ao aumento do desemprego.
Concomitantemente, a política de ajuste neoliberal adotada pelo Estado transformao
em Estado mínimo, reduzindo o alcance das políticas públicas. Dessa forma, há
um aumento no índice de pobreza e exclusão social. Segmentos societários não
possuem os mínimos sociais necessários para um desenvolvimento adequado,
mantendo-se, assim, em condições de “desfiliação”. O não acesso aos bens e
serviços socialmente produzidos vulnerabiliza os sujeitos, que são facilmente
criminalizados. A segregação no cárcere é a solução da sociedade para separar os
que ela não deseja em seu convívio. Uma entrevista com sentenciados reincidentes
da Penitenciária de Martinópolis-SP procurou desvelar o perfil do homem preso e
investigar os motivos que levam as pessoas a cometerem crime e que estariam
influenciando no aumento do número de pessoas presas. Constatou-se que são
jovens, solteiros, provenientes de outras regiões, moradores de periferias pobres ou
favelas. Iniciaram-se na criminalidade ainda adolescentes, possuem baixa
escolaridade e nenhuma profissionalização. Durante o cumprimento da pena não há
um trabalho efetivo voltado para a elevação da escolaridade, profissionalização,
fortalecimento do sujeito enquanto pessoa e cidadão, apontados como essenciais
para a reintegração social e a não reincidência. São desafios para o Serviço Social
que possui competência para intervir estrategicamente e articular forças na
organização e construir espaços para a ação e participação dos sentenciados no
sentido de melhorar suas condições para o mercado de trabalho e
conseqüentemente para a sua reintegração social.
Palavras-Chave: Mundo do Trabalho. Política Social. Sistema Prisional. Serviço
Social. Criminologia. Prisionização. Reintegração Social.
reintegração social dos presos, tendo como eixo o mercado de trabalho que sofreu
profundas transformações nas últimas décadas. São mudanças relacionadas ao
processo produtivo que dentre outras coisas levaram ao aumento do desemprego.
Concomitantemente, a política de ajuste neoliberal adotada pelo Estado transformao
em Estado mínimo, reduzindo o alcance das políticas públicas. Dessa forma, há
um aumento no índice de pobreza e exclusão social. Segmentos societários não
possuem os mínimos sociais necessários para um desenvolvimento adequado,
mantendo-se, assim, em condições de “desfiliação”. O não acesso aos bens e
serviços socialmente produzidos vulnerabiliza os sujeitos, que são facilmente
criminalizados. A segregação no cárcere é a solução da sociedade para separar os
que ela não deseja em seu convívio. Uma entrevista com sentenciados reincidentes
da Penitenciária de Martinópolis-SP procurou desvelar o perfil do homem preso e
investigar os motivos que levam as pessoas a cometerem crime e que estariam
influenciando no aumento do número de pessoas presas. Constatou-se que são
jovens, solteiros, provenientes de outras regiões, moradores de periferias pobres ou
favelas. Iniciaram-se na criminalidade ainda adolescentes, possuem baixa
escolaridade e nenhuma profissionalização. Durante o cumprimento da pena não há
um trabalho efetivo voltado para a elevação da escolaridade, profissionalização,
fortalecimento do sujeito enquanto pessoa e cidadão, apontados como essenciais
para a reintegração social e a não reincidência. São desafios para o Serviço Social
que possui competência para intervir estrategicamente e articular forças na
organização e construir espaços para a ação e participação dos sentenciados no
sentido de melhorar suas condições para o mercado de trabalho e
conseqüentemente para a sua reintegração social.
Palavras-Chave: Mundo do Trabalho. Política Social. Sistema Prisional. Serviço
Social. Criminologia. Prisionização. Reintegração Social.