Ontem e hoje: os resquícios e nuances das colonialidades.

Fábio Cardoso Lopes

Resumo


Resumo: As práticas violentas da colonização ainda se manifestam através das colonialidades do poder, saber e ser. A criação do conceito social de raça foi um instrumento fundamental na colonização, defendendo a exploração e a violência contra povos colonizados. Nosso objetivo é traçar um paralelo entre a criação desse conceito social de raça, que fundamentou e justificou a colonização e suas ações brutais, e como isso reverbera no presente por meio da colonialidade. O percurso metodológico inclui um estudo teórico, dialogando com autores do coletivo modernidade/colonialidade e outros pesquisadores contemporâneos que problematizam as ressonâncias das estratégias coloniais reconfiguradas e as inúmeras formas de brutalidade no cotidiano. Os autores pontuam que a colonialidade é uma atualização do colonialismo, repercutindo nas relações de poder, na construção de conhecimento (saber) e na produção das identidades (ser). Por fim, destacamos como a colonização, repaginada na colonialidade, ainda incide e impacta as vidas sob o domínio do capitalismo neoliberal. Os abismos sociais, econômicos e raciais, a invisibilidade de saberes não ocidentais e a desumanização dos sujeitos colonizados são práticas reiteradas de como a empreitada colonial, pela via da colonialidade em sua tríade: poder, saber e ser, continua a moldar o mundo contemporâneo.


Palavras-chave


colonização; modernidade/colonialidade; brutalidade.

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