A FAMÍLIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL DA CRIANÇA E ADOLESCENTE COM AUTISMO: DESAFIOS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Resumo
O presente trabalho de conclusão de curso é resultado de uma pesquisa de cunho qualitativo, na qual tem por objetivo a compreensão acerca do processo de inclusão social da criança e adolescente com autismo, tendo como base as famílias acompanhadas pela LUMEM ET FIDES de Presidente Prudente. Estas famílias se apresentam como um ponto fundamental no processo de inclusão social. O estudo apresenta ainda aspectos conceituais acerca do autismo e como ocorre o desenvolvimento da criança e adolescente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), tendo em vista que apresentam algumas particularidades próprias da síndrome e que se faz de extrema relevância a compreensão acerca deste processo. Em seguida, visa elencar, os desafios postos na sociedade em seus diversos espaços, que acarretam na exclusão social destes sujeitos e impedem o acesso aos direitos sociais, tendo como contribuição para discussão destes desafios a perspectivas dos familiares, que encontram-se cotidianamente junto à criança e adolescente com autismo e se aproximam de sua realidade social, bem como sobre os meios que encontram para superar estes desafios já que a família se apresenta como a instância principal na luta pela inclusão social destes sujeitos. Posteriormente e tendo em vista a importância que a família possui na vida da criança e adolescente com autismo, se fez necessário discorrer sobre o seu papel e sua função, sendo exclusivamente de caráter protetivo, e sendo a principal referência de vida para estes indivíduos. Ao discutir o processo de inclusão social da criança e adolescente com autismo e de como a família se apresenta neste processo, se faz pertinente a compreensão sobre a distinção que existe em incluir de fato estes sujeitos e não apenas inseri-los ou integrá-los ao meio social, o que se apresenta como um desafio destas famílias, tendo em vista a dificuldade em efetivar seus direitos. A partir da análise realizada por meio da coleta de dados, compreende-se uma ausência de informações por parte da sociedade acerca do autismo, o que consequentemente acarreta em uma série de preconceitos, ocasionando em um afastamento destes sujeitos aos seus direitos sociais.