BIOPODER E DESIGUALDADE DE GÊNERO: A SUJEIÇÃO DO CORPO FEMININO

Vívian Maria SEGATO

Resumo


O presente trabalho tem o objetivo de adentrar à uma análise histórica sobre a luta incansável feminina em busca de direitos e de igualdade de gênero. Assim como direitos humanos conquistados por elas e sua evolução no tempo e na sociedade. Tem também o intuito de enfatizar suas conquistas em marcos importantes não só em nosso país como no mundo, trazendo assim uma perspectiva sobre a real importância do papel feminino na sociedade, assim como a importância que se teve em conquistar seu espaço em meio ao patriarcado. Por meio do método dedutivo, teceu considerações acerca da conquista pela independência, econômica, política e sexual, desobjetificando a mulher de um papel doméstico em que sempre foi colocada. E por fim, apresentou o contexto social peculiar em que se estabelece a incompletude da tutela a figura feminina, ao longo da história e atualmente, visto que a mulher ainda é vítima de violência nos mais variados contextos sociais. Sendo o assunto tratado como a violência feminina; o Brasil hoje tem a terceira melhor lei a tratar da violência feminina no mundo, sendo a Lei 11.340/06, denominada “Maria da Penha”, mas que trata-se de uma lei que precisou ser levada à Cortes Internacionais para que fosse atendida, e que ainda assim, não conquistou seu pretendido espaço, tendo sua devida aplicação, dependendo então de outras leis e políticas complementares, problemática que evidencia a tutela deficitária da dignidade e segurança da mulher, apta a oportunizar condições de igualdade e impedir a sujeição do corpo feminino a violência e negação de direitos.

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