A INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

Larissa Maria CUSTÓDIO, Bruna GOMES

Resumo


A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética causada pela trissomia do cromossomo 21, afetando o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. Entre as características mais comuns, encontram-se a hipotonia (diminuição do tônus muscular), o atraso no desenvolvimento motor e dificuldades de coordenação. Essas particularidades tornam o acompanhamento fisioterapêutico essencial para melhorar a funcionalidade motora e promover uma maior independência nas atividades diárias. A intervenção precoce pode ajudar a criança com SD a alcançar marcos motores fundamentais, como engatinhar, sentar e andar otimizando sua qualidade de vida e prevenindo complicações futuras. Este resumo tem como objetivo destacar a importância do atendimento fisioterapêutico na promoção do desenvolvimento motor em crianças com Síndrome de Down. Busca-se explorar as principais abordagens terapêuticas e os benefícios do acompanhamento desde os primeiros meses de vida, a fim de maximizar o potencial de desenvolvimento dessas crianças e proporcionar uma maior independência funcional. A fisioterapia em crianças com SD envolve diversas abordagens terapêuticas, entre as quais destacam-se a terapia neuro evolutiva, baseada no método Bobath, e a estimulação precoce. A terapia neuro evolutiva tem como objetivo melhorar o controle postural e facilitar movimentos corretos por meio de estímulos motores e sensoriais. Esse método aproveita a plasticidade do sistema nervoso em desenvolvimento, visando melhorar o equilíbrio, a coordenação e a postura. Já a estimulação precoce é um conjunto de intervenções terapêuticas que foca no desenvolvimento motor e sensorial desde os primeiros meses de vida, promovendo a aquisição de habilidades como controle de cabeça, sentar-se sem apoio e caminhar. Além disso, o tratamento é individualizado, considerando as necessidades e o ritmo de desenvolvimento de cada criança. A fisioterapia também foca no treinamento de habilidades funcionais, com o objetivo de promover a autonomia nas atividades do cotidiano, como brincar, interagir socialmente e realizar tarefas básicas de autocuidado. Esse acompanhamento é contínuo e envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo a participação ativa de familiares e outros profissionais da saúde. O atendimento fisioterapêutico em crianças com Síndrome de Down é fundamental para promover um desenvolvimento motor saudável e prevenir complicações associadas, como deformidades ortopédicas e posturais. A intervenção precoce é um fator chave para otimizar as habilidades motoras dessas crianças, garantindo que alcancem marcos importantes no seu desenvolvimento e promovendo uma maior independência funcional. A fisioterapia contribui significativamente para a inclusão social, autonomia e qualidade de vida da criança, sendo parte essencial de um tratamento multidisciplinar que envolve tanto profissionais de saúde quanto a família.

 


Palavras-chave


Síndrome de Down. Neurologia. Pediatria. Fisioterapia motora.

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