O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL COMO EDUCADOR NO DESENVOLVIMENTO DOS ASSENTAMENTOS RURAIS
Resumo
O presente texto apresenta uma reflexão e discussão da prática profissional do
assistente social a partir do movimento de reconceituação do Serviço Social, na década de
60, frente à inoperância das práticas conservadoras na intervenção da realidade social
vinculada com a classe burguesa, a necessidade de ruptura com esse paradigma e de
construção de uma nova ação profissional, voltada para as demandas e os interesses dos
setores populares, fomentando uma ação articulada com as lutas desses segmentos mediante
a perspectiva de transformação social. Neste aspecto, situa-se a profissão no contexto da
correlação de forças antagônicas da sociedade e aponta a possibilidade de um compromisso
com a classe subalterna, pressupondo uma ação educativa, que direcione o processo de
compreensão, por parte dessa população, da sua própria condição de subalternidade, na
totalidade da estrutura dominante. Sob o exposto, no âmbito dos assentamentos rurais,
considerados como palco de luta e resistência da classe popular campesina, as expressões
da questão social, espaço fértil de trabalho do assistente social, desvelam a dinâmica
perversa decorrente da estrutura agrária do Brasil, perante a luta desigual pela terra, onde os
trabalhadores rurais se constituem historicamente como categoria submetida a um processo
de expropriação e violência, pelas forças econômicas e políticas do grande latifúndio. O
compromisso com essa categoria implica, ao assistente social buscar como horizonte de sua
prática o movimento de transformação dessa realidade, estabelecendo-se como coparticipante
do processo de fortalecimento do saber popular mediante o reconhecimento das
suas potencialidades, viabilizando a participação desse setor nos processos decisórios,
como conquista dos espaços públicos e do atendimento da demanda pelo acesso mais
igualitário a terra. Neste sentido, a intervenção profissional contribui para que a população
crie respostas para seus próprios problemas, baseado na ação/reflexão do seu cotidiano e
conseqüentemente propicie a organização de estratégias que atendam as suas reais
necessidades e demandas, possibilitando a construção de mecanismos que ajustem a
ampliação e utilização dos seus direitos, com o objetivo de emancipação e edificação de
uma nova cidadania, traduzida em melhores condições de vida e trabalho. Assim, o
processo educativo da ação profissional se configura pela construção de conhecimentos
imperativos para que a prática cotidiana dos profissionais seja comprometida com a
transformação social e com os movimentos sociais na procura de uma nova sociabilidade e
não com a reprodução de velhas práticas atreladas com o poder vigente.
assistente social a partir do movimento de reconceituação do Serviço Social, na década de
60, frente à inoperância das práticas conservadoras na intervenção da realidade social
vinculada com a classe burguesa, a necessidade de ruptura com esse paradigma e de
construção de uma nova ação profissional, voltada para as demandas e os interesses dos
setores populares, fomentando uma ação articulada com as lutas desses segmentos mediante
a perspectiva de transformação social. Neste aspecto, situa-se a profissão no contexto da
correlação de forças antagônicas da sociedade e aponta a possibilidade de um compromisso
com a classe subalterna, pressupondo uma ação educativa, que direcione o processo de
compreensão, por parte dessa população, da sua própria condição de subalternidade, na
totalidade da estrutura dominante. Sob o exposto, no âmbito dos assentamentos rurais,
considerados como palco de luta e resistência da classe popular campesina, as expressões
da questão social, espaço fértil de trabalho do assistente social, desvelam a dinâmica
perversa decorrente da estrutura agrária do Brasil, perante a luta desigual pela terra, onde os
trabalhadores rurais se constituem historicamente como categoria submetida a um processo
de expropriação e violência, pelas forças econômicas e políticas do grande latifúndio. O
compromisso com essa categoria implica, ao assistente social buscar como horizonte de sua
prática o movimento de transformação dessa realidade, estabelecendo-se como coparticipante
do processo de fortalecimento do saber popular mediante o reconhecimento das
suas potencialidades, viabilizando a participação desse setor nos processos decisórios,
como conquista dos espaços públicos e do atendimento da demanda pelo acesso mais
igualitário a terra. Neste sentido, a intervenção profissional contribui para que a população
crie respostas para seus próprios problemas, baseado na ação/reflexão do seu cotidiano e
conseqüentemente propicie a organização de estratégias que atendam as suas reais
necessidades e demandas, possibilitando a construção de mecanismos que ajustem a
ampliação e utilização dos seus direitos, com o objetivo de emancipação e edificação de
uma nova cidadania, traduzida em melhores condições de vida e trabalho. Assim, o
processo educativo da ação profissional se configura pela construção de conhecimentos
imperativos para que a prática cotidiana dos profissionais seja comprometida com a
transformação social e com os movimentos sociais na procura de uma nova sociabilidade e
não com a reprodução de velhas práticas atreladas com o poder vigente.
Palavras-chave
Educação popular. Transformação social. Assentamentos rurais