UM ESTUDO COMPARATIVO SOBRE SISTEMAS EDUCACIONAIS: O BRASIL E O MUNDO

Resumo

O presente artigo tem como intenção discutir a questão da educação e a pobreza no Brasil. Faz uma breve análise do sistema educacional brasileiro e o compara a outros sistemas educacionais de países desenvolvidos como os Estados Unidos, o Reino Unido, a Finlândia e a Alemanha. A educação no Brasil é tratada como tema importante, mas não como prioridade, diferentemente do que acontece nos países citados acima. Destaca-se como modelo o sistema educacional adotado pela Finlândia, país que apresenta um dos sistemas educacionais mais completos do mundo, oferecendo educação gratuita e de qualidade. O artigo apresenta ainda dados em relação à situação da pobreza no Brasil, país que apresenta um dos maiores índices de concentração de renda do mundo. O tema da pobreza tem produzido farta literatura sobre o assunto e despertado interesse de inúmeros órgãos de pesquisas, principalmente órgãos internacionais de desenvolvimento, como por exemplo, o Banco Mundial. É certo que a pobreza esta ai, e não podemos negar sua existência, sejam os números quais forem. Mas, falar sobre pobreza neste país é o mesmo que discutir a incapacidade da sociedade em assumir como tarefa cívica imprescindível à redução desta através do aumento das oportunidades e da redistribuição das riquezas. Atualmente, o maior problema encontrado por aqueles que se dispõem a realizar essa tarefa não consiste mais em descobrir os elementos estruturais que causam ou geram pobreza, mas sim, em identificar os múltiplos fatores (culturais, econômicos ou sociais) que estão impedindo sua erradicação e agir sobre eles. Em suas avaliações sobre o problema, pesquisadores brasileiros e analistas estrangeiros são unânimes em considerar que o sistema brasileiro de proteção social é muito amplo e complexo, principalmente se comparado aos adotados por países com o mesmo nível de renda per capita, ou que apresentem taxas de urbanização semelhantes à nossa. Essa complexidade do sistema é um dos fatores que tem levado o país a gastos governamentais relativamente elevados, a uma grande centralização administrativa, às ineficiências operacionais e a uma estrutura de benefícios cujo conteúdo redistributivo é muito baixo. Muito embora a existência desse sistema social tenha, comprovadamente, minorado os efeitos perversos das vulnerabilidades sociais, suas disfuncionalidades se impõem como um grande desafio para a política social brasileira, tornando a reformulação da política social do Governo Federal uma tarefa urgente e difícil. Para se obter os resultados esperados, as diretrizes atuais devem ser reformuladas em sua base, visando obter melhor racionalização de gastos, eliminar desperdícios, melhorar a qualidade dos serviços prestados, ampliar a cobertura e aumentar o impacto redistributivo. No Brasil existem inúmeras áreas de políticas públicas que carecem de aperfeiçoamento, mas dentre elas, uma é fundamental para permitir um salto qualitativo na condição de vida das camadas menos favorecidas: a Educação.