PROJETO: O LÚDICO E A CRIANÇA HOSPITALIZADA: CANTAR, CONTAR E BRINCAR

Edvânia Aparecida Silva, Alex Alexandre Celestino, Keila Maria Motta, Maria Peregrina de Fátima Rotta Furlanetti, José Milton de Lima

Resumo


O brincar é um direito de qualquer criança, inclusive, daquela que se encontra, por algum tipo de doença, hospitalizada. O ambiente hospitalar, pelas suas características, transforma-se em um impedimento para que a criança realize a sua atividade mais típica: o brincar. Pesquisas e estudos exaltam a importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento global e para o equilíbrio emocional da criança. A partir de outubro de 1995, por meio da Resolução Nº 41 do Ministério da Justiça e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ficou garantido que toda criança e adolescente hospitalizados têm direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento de currículo escolar durante a permanência hospitalar. O Projeto: “O Lúdico e a Criança Hospitalizada: cantar, contar e brincar”, é uma proposta de parceria da Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP e a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente e iniciou suas atividades em outubro de 2005. Em atendimento a exigência legal, implantou no setor de Pediatria desta instituição uma brinquedoteca para o atendimento de crianças internadas. Estabeleceu como objetivos centrais: - resgatar o ânimo da criança por meio de brincadeiras, jogos e brinquedos, contribuindo assim para o bem estar e para o processo de recuperação do internado; - estimular a representação, a expressão de imagens e sentimentos que evocam aspectos da realidade; - promover a sociabilização do internado, nesta situação peculiar, valorizando os sentimentos afetivos e a sensibilidade, - promover uma maior integração entre as crianças e jovens e seus familiares, atendentes e médicos. Para o desenvolvimento das atividades foi adaptado um espaço provisório que propicia situações de interação entre os monitores do Projeto e os hospitalizados. As atividades propostas são de natureza espontânea e permitem que crianças e jovens façam suas escolhas tanto de atividades como de jogos e brinquedos que desejam utilizar. Quanto às crianças e jovens que não podem se locomover, os monitores deslocam-se até os leitos e propiciam situações e atividades lúdicas que atendam os seus interesses. Além das atividades lúdicas, a literatura infantil, também, é empregada como um outro recurso viável dentro desse contexto. Até o presente momento foram atendidas aproximadamente 220 crianças e jovens. Os resultados alcançados revelam a importância da brinquedoteca no ambiente hospitalar, pois as atividades desenvolvidas servem de recursos que tornam a permanência do internado menos penosa neste ambiente. Por outro lado, tornam-se instrumentos que facilitam a cura, em razão da diminuição do estresse, da angústia e da tensão.

Palavras-chave


Ldico. Saúde. Hospitalização.

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