A NÃO-OBSERVÂNCIA DOS DIREITOS HUMANOS NO SETOR SUCRO-ALCOOLEIRO.

Douglas Borges de Vasconcelos, Sérgio Tibiriçá Amaral, Vanessa Yoshiura

Resumo


O presente trabalho tem por escopo expor que por traz dos grandes lucros e elogios direcionados ao setor sucro-alcooleiro, encontra-se uma oculta classe de trabalhadores, que não apresenta a mesma felicidade dos românticos espectadores, admiradores e promotores do sucesso vivido pelo etanol no mercado mundial; mas sim, a tristeza e o cansaço resultante da intensa exploração que sofrem. Em um ambiente caracterizado por condições desumanas e degradantes, longas jornadas de trabalho e, extenuação de suas condições físicas – os alicerces da exploração – encontra-se no semblante de milhares de trabalhadores a dor e o sofrimento, que a cada tonelada de cana cortada, os fazem crer que estão a milhas e milhas distantes do acesso aos Direitos Fundamentais. Se por um lado o “boom” do Etanol traz positividade econômica para o país, por outro proporciona gravíssimos danos não só ao meio ambiente, mas principalmente aos cortadores de cana, que enfrentam a exploração máxima de seu trabalho, enquanto o comando patronal dos usineiros continua a pregar o secular método cana-queimada-corte, e atropelar não somente as leis trabalhistas, como também a dignidade dos trabalhadores na desenfreada corrida para o abastecimento de seus anseios movidos a álcool. Que os relatos aqui expressos despertem o sentimento humanístico em cada pessoa, individuo e cidadão, para o que a sociedade – que mais parece estar em profunda hipnose – não permita que o suor, o sangue e a morte de muitos, banhem o sucesso econômico de poucos.

Palavras-chave


Cana-de-açúcar. Etanol. Exploração. Trabalho Escravo. Direitos Humanos.

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