TRANSFORMAÇÕES DA ESTRUTURA FAMILIAR
Resumo
A família, ao longo da historia, passa por transformações conceituais. Na Idade
Média, família era definida pelo casamento, sendo este o motivo que levaria a
constituição da família, o que aconteceria através de arranjo entre os familiares,
mais precisamente dos pais, levando em conta o dote (manutenção ou o aumento
deste), e o status social; os noivos não opinavam sobre a escolha, só se conheciam
no dia do casamento, tornando-se então família, juntamente com os filhos que viriam
sendo estes um objeto ou um utensílio. Passado o tempo, a Europa obteve seu
próprio modelo de família, sendo família burguesa tradicional estruturada com pai,
mãe e filhos, sendo o casamento escolha individual e afetiva. A partir daí, a
denominação família passou a ser idealizada pela sociedade como no modelo
anterior, mas agora ligada pelo laço do amor, o filho era de grande importância aos
pais e obtinham maior atenção destes, cabendo às mães a educação dos mesmos.
Assim, o papel dos membros familiares foi sendo aos poucos alterado, a mulher
cuidava dos filhos, dos afazeres domésticos e das necessidades do marido e o
ultimo caberia o sustento familiar. Com a evolução, globalização, as transformações
ocorridas no dia-dia, família passou a ter nova estrutura, valores e condutas; não se
tem mais a figura da família tradicional e tão pouco se fala em casamento para se
obter uma família. A família contemporânea possui características diferentes das
anteriores, agora não existe modelo único de família, podendo ser monoparental,
substituta, tradicional ou um grupo de pessoas que escolhem por razões afetivas
conviver com outras pessoas em determinado local tendo ou não criança,
adolescentes, jovem ou idoso. Juntamente com essa nova formação familiar os
problemas sociais, econômicos, psicológicos foram sendo constatados. A mulher
agora precisa procurar trabalho fora do lar, para sustentar sua família, o marido ou
simplesmente o pai não trás em si a responsabilidade de antes, e muito menos o de
sustentar a família, as crianças não são mais criadas com as mães e com os pais,
podendo te apenas a presença do papel de um deles. Portanto, família pode ser:
aquela em que há uniões livres sem casamento civil ou religioso; a tradicional,
formada por pai, mãe e filhos, onde a sociedade julga não ter problemas; aquelas
chefiadas apenas por mulheres ou homens (monoparentais) decorrentes de diversas
situações; mulheres que decidem ter filhos sem saber quem é o pai (produção
independente); formadas por casais homossexuais; ou por pessoas convivendo no
mesmo espaço sem vínculo de aliança ou consangüinidade, mas com ligações
afetivas. Ser família hoje, é ter laços afetivos, onde o principal componente é o amor,
o respeito, a transparência, além do cuidado de uns com os outros, procurando na
verdade a felicidade em comum.