ARROZ, FEIJÃO E INFLAÇÃO NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP

Thiago Yoshinobu Yassuda, Maria Lucia Ribeiro da Costa

Resumo


O Índice de Preços Toledo (IPT) é um indicador econômico da cidade de Presidente
Prudente/SP. Este trabalho é desenvolvido pela equipe da Empresa Júnior Toledo,
formado por seis alunos dos cursos de Administração e Ciências Contábeis, na
categoria de extensionistas, recebendo bolsa auxílio custeada pelas Faculdades
Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo”. O objetivo deste trabalho é auxiliar a
população na boa gerencia do orçamento familiar, contribuindo para o embasamento
com relação aos preços dos produtos praticados pelos supermercados e
hipermercados. São coletados, quinzenalmente, os preços dos produtos da cesta
básica regional. São visitados sete supermercados/hipermercado sorteados
aleatoriamente, sendo os dados tabulados e equacionados, levando em conta o
consumo médio mensal de uma família composta por quatro pessoas. O índice
mede o comportamento dos preços de alimentos, produtos de higiene pessoal e de
limpeza. Nas pesquisas recentes, percebe-se que o arroz e o feijão, alimentos
indispensáveis no cardápio do brasileiro, tiveram altas freqüentes em seus preços,
54,75% e 217,37% respectivamente. Os principais responsáveis pelas constantes
altas no preço dos alimentos foram os insumos agrícolas. Os fertilizantes,
indispensáveis para a produção do campo, iniciaram uma escala de aumento sem
precedentes. Entre os principais insumos utilizados pelos agricultores estão o
potássio, mono-amônio fosfato e uréia. O cloreto de potássio teve aumento de 450%
no período entre maio de 2006 e maio de 2008, passando de US$200,00/t para
US$1100,00/t. De janeiro de 2006 a dezembro de 2007, o preço do mono-amônio
fosfato no mercado internacional aumentou 106%. No mesmo período, o preço da
uréia aumentou 85%. Boa parte destes produtos é importada, assim sendo, cotados
em moeda internacional. As altas nos preços do Arroz e do Feijão puxaram pra cima
os índices de inflação dos alimentos. Em fevereiro de 2006, data do inicio do
levantamento de dados para cálculo do IPT, o salário mínimo nominal era de
R$300,00 e o valor da cesta básica regional era de R$228,45, ou seja, com um
salário mínimo se podia comprar o equivalente a 1,3132 cestas básicas. Atualmente
o salário mínimo de R$415,00, teoricamente aumentaria o poder de compra do
consumidor, porém, a grande inflação dos alimentos barrou esta tendência, que
iniciou a ascendência dos preços no final de 2007, que até então era estável. A
realização do IPT, coletado dia 31/07/08, registrou o valor de R$312,55, onde a
inflação deste curto período de tempo foi de 36,81% e nos últimos doze meses
24,04%, Assim ficando praticamente estável o poder de compra do consumidor.
Hoje, o salário mínimo compra o equivalente a 1,3278 cestas básicas.

Palavras-chave


Arroz. Feijão. Inflação. IPT. Agrícola.

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