PEDOFILIA – ASPECTOS PSICOLÓGICOS E PENAIS
Resumo
Os pedófilos podem apresentar comportamentos imprevisíveis e embora
possam revelar uma série de características psicológicas e comportamentais
comuns em si, compõem um conjunto muito amplo e diversificado de indivíduos que
agem com diferentes práticas e de variadas maneiras. Devido às suas ameaças, a
cifra identificada de crianças vítimas de abuso sexual é sempre menor do que o
número de casos reais, porque a criança além de tudo é vítima do silêncio. Segundo
a classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10, a pedofilia
se enquadra nos denominados Transtornos de Preferência Sexual, identificada
como uma preferência sexual por crianças de idade pré-puberal ou no início da
puberdade. Esta constitui um transtorno que exige acompanhamento por toda a
vida, já que o agir pedofílico agride toda a comunidade na medida em que o “outro“
da relação é sempre um sujeito privado de anuência e que não há remissão total
para esse tipo de distúrbio, o que significa dizer que o custo social e risco de
reincidência são elevados. Face ao insucesso dessas abordagens terapêuticas de
cunho psicológico, uma das alternativas tem sido a denominada castração clinica ou
química, ambas buscando a obstrução do impulso e do desejo sexual e face ao
prejuízo causado ao bem estar social a lei brasileira dispoe que a pedofilia se
enquadra juridicamente no crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código
Penal), cuja pena varia de oito a quinze anos de reclusão.