A CATEGORIA “COR OU RAÇA” NO CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO FEDERAL: BREVES CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS VIVENCIADAS NO COTIDIANO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Caroline SIMIONATO, Eduardo Luis COUTO

Resumo


A história do Brasil, desde o momento da colonização, é marcada por antagonismos de classes que ocorreu através da perspectiva antropológica e cultural dos indivíduos em sociedade, pela análise da perspectiva do “outro”, portanto, os colonizadores utilizaram padrões próprios para explorar e escravizar. Entre os padrões estabelecidos para essa diferenciação foi à questão da cor ou raça. A sociedade é construída historicamente e por isso ainda nos dias atuais, podemos apontar resquícios da colonização e outras formas de preconceito e descriminação, seja pela cor ou raça, condição social, ou outros fatores que nos tornam “diferentes”. O interesse por tal pesquisa surgiu desde o inicio da participação no projeto de extensão “Apoio a Gestão Municipal da Assistência Social”, visto que o Cadastro Único do Governo Federal acontece em formato de entrevista e o item 4.08 referente à “Cor ou Raça”, com as seguintes opções de respondas: branca, preta, amarela, parda, indígena. Na capacitação para iniciação no projeto, fomos orientados a perguntar “Que cor você se considera?” ao invés de assinalar através da nossa ótica, e consequentemente essa pergunta é a que mais parece incomodar o entrevistado, que faz a pessoa refletir e comentar de diferentes formas. A questão da cor ou raça no Brasil não é bem delineada, não nos torna pertencentes a uma cultura como deveria, já que ela mais nos diferencia do que agrega questões importantes das nossas raízes enquanto seres sociais.

Palavras-chave


cor ou raça, cadastro único, serviço social, extensão universitária.

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