SER MULHER NO SÉCULO XXI

Juliana Adono da SILVA, Vanessa Cristina Lourenço Casotti Ferreira da PALMA

Resumo


Ser mulher, até meados dos anos 60, significava identificar-se com a maternidade e a esfera privada do lar, ter como meta um casamento indissolúvel e afeiçoar-se a atividades que exigissem pouco esforço físico e mental. Em contrapartida, situavam-se as mulheres que podiam circular livremente por ruas, praças e bares, contudo, rendendo-se à vulnerabilidade de condenação moral, perseguição policial e outras formas de violência física. Apesar das dificuldades características das mudanças culturais e mentais, esse regime foi questionado e derrubado, à medida que a acelerada modernização socioeconômica, desde a década de 1970, no Brasil, levando milhares de mulheres ao mercado de trabalho e que o feminismo emergente passou a pressionar por uma redefinição ocupando outro lugar na sociedade. Uma breve análise sobre as ruas e praças de várias cidades no mundo pode relevar a crescente presença da mulher no espaço público, marcando uma evidente diferença em relação ao passado. No início do século XXI, as mulheres estão se valorizando bem mais, ou seja, as mulheres não apenas entraram no mundo da cultura, dos negócios e da política (direito à vida) – o que não ocorre sem conflitos, dificuldades e tensões -, mas igualmente têm feminilizado as próprias formas da existência social, a partir de suas práticas e de seus olhares diferenciados, trazendo perspectivas promissoras, embora não exclusivas, de construção de um novo mundo.

Palavras-chave


Mulher. Brasil. Feminismo.

Texto completo:

PDF () PDF