A SUPERPROTEÇÃO DOS FILHOS CONDUZ-LHES AO SUCESSO OU AO FRACASSO PROFISSIONAL?
Resumo
Nos últimos anos, o comportamento dos adolescentes, jovens e adultos pertencentes a geração “Y” vem refletindo as grandes influências sofridas em decorrência do excesso de cuidados overparenting despendido pelos pais, pessoas integrantes da geração “X”, nascidos entre os anos 70 e 80, e que são frutos da geração considerada Baby Boomers, formada pelos nascidos entre os anos 40 e 60. Nascidos no pós guerra, os jovens dos anos 40 e 60 eram rígidos, disciplinados e obedientes às regras do ambiente de trabalho, objetivando o equilíbrio financeiro, qualidade de vida e carreiras estáveis. Em contrapartida, experimentaram as novidades comportamentais resultantes da liberdade nos costumes sexuais e sociais e as possibilidades proporcionadas pelo uso da pílula anticoncepcional. Assim, seus filhos – a geração “X”- passaram por mudanças importantes na estrutura familiar em razão da separação dos seus pais, o que até então não era tão normal; na vida estudantil, permeada pelo surgimento de movimentos estudantis lutaram firmes por ideologias políticas condutoras de liberdade de expressão e outros direitos democráticos, posteriormente conquistados; na vida profissional em que a independência financeira e o crescimento profissional almejado exigiram inserção e desenvolvimento dos conhecimentos acerca das novas tecnologias que despontaram na chamada revolução tecnológica. Bem mais flexível que sua antecessora - a dos Baby Boomers – a geração “X” tornou-se flexível e superprotetora na educação de seus filhos, ensinando-lhes seus desertos e dando-lhes o maior acesso possível aos avanços tecnológicos; sem, contudo, apresentar-lhes os limites necessários nas situações coletivas. Assim, a geração “Y”, chamada de “geração dos resultados”, em razão das excessivas e incentivadas motivações para a busca do sucesso - estabilidade financeira e status social – no menor espaço temporal, enfrenta frustrações e problemas psicológicos de grande monta ao não conseguirem conciliar a realidade com suas altas expectativas. Seus indivíduos, portadores de grandes habilidades pessoais, potencializadas pelas ferramentas da alta tecnologia, possuem um grau extremamente expressivo de convencimento acerca da autossuficiência, exacerbada prepotência e excesso de confiança. Estas características refletem diretamente na postura adotada em relação ao próximo, pois, acostumados ao protecionismo dos pais, acreditam que tudo podem nos ambientes que os rodeiam. Incapazes de submissão e de ouvirem críticas, têm causado constrangimentos no ambiente organizacional composto por várias gerações, sendo inábeis para lidar com os conflitos profissionais, ferramenta imprescindível para o crescimento pessoal e da organização onde atuam. Portanto, por meio da pesquisa bibliográfica, buscar-se-á identificar os principais fatores que influenciam o superprotecionismo – ausência de continência/limitação – dos pais com a geração “Y”, bem como os possíveis fatores negativos decorrentes dessa superproteção que poderão refletir no sucesso ou fracasso de seus filhos no mercado de trabalho, evidenciando, assim, o aspecto profissional.