A ARQUITETURA E A FORMAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

Letícia Toni SILVA, José Artur Teixeira GONÇALVES

Resumo


O objetivo do presente trabalho é discutir a arquitetura escolar à luz da implantação da escola no Brasil. Primeiro, busca-se fazer um breve resgate histórico, discutindo a transplantação da escola no processo de formação da sociedade brasileira e como o espaço escolar foi sendo produzido ao longo do tempo. Depois, discute-se a importância da arquitetura para a construção do espaço escolar a partir das singularidades da educação. De acordo com Dóris Kowaltowski, uma das autoras que embasam nosso referencial teórico, o planejamento das escolas teve como principal objetivo obter uma padronização dos edifícios escolares, em inúmeras vezes alterando apenas seu local de implantação. Um exemplo, é a padronização dos edifícios das escolas públicas no Estado de São Paulo. No entanto, argumenta-se que a referida planificação do espaço escolar não levou em consideração as características de cada local em que a escola foi implantada. Cada local tem suas características, assim como cada edifício tem as suas particularidades. A arquitetura é uma arte para homem, designada a fazer do espaço um local funcional. As escolas pouco receberam tal preocupação. O ambiente físico escolar é, por essência, o local do desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem (KOWALTOWSKI, 2011), sendo assim a arquitetura da escola faz parte do sistema de educação. A forma como as salas estão distribuídas na planta arquitetônica, até mesmo a forma como as cadeiras estão dispostas na sala interferem no processo de ensino e aprendizagem. Assim, o planejamento do espaço escolar deve ser feito em sintonia entre o educador e o arquiteto, uma vez que o educador é um profissional capacitado a gerir o processo educacional e o arquiteto é o profissional que busca atender as necessidades do usuário, por meio da formação do espaço.

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