A INTELIGÊNCIA ARTIFICAL E O DESEMPREGO

Ari Rogério Ferra JÚNIOR, João Victor Petry FERRA

Resumo


A inteligência artificial tem influenciado com rapidez os mais variados segmentos da
sociedade, dentre eles o setor trabalhista. A forma como as pessoas conhecem o
trabalho atualmente demonstra sinais de que vem se tornando ultrapassada, posto
que a inteligência artificial (IA) avança sobre os empregos na substituição do
homem. Com isso, o ser humano parece estar prestes a enfrentar uma grande leva
de desemprego para essa nova forma de inteligência e terá de aprender a lidar com
esse novo cenário. Esse trabalho tem como objetivo analisar a situação futura do
desemprego baseado nos avanços da inteligência artificial e que medidas podem ser
tomadas para fazer valer o artigo 6° da Constituição Federal Brasileira que garante o
trabalho ao homem, visto que os empregos do futuro ainda não surgiram, porém é
possível perceber as consequências da tecnologia substituir grande parte da mão de
obra mecânica e trabalhadora, com o Homem cedendo o seu espaço para
máquinas, que não possuem direitos trabalhistas como descanso semanal
remunerado ou férias. O estudo foi feito com base no método dedutivo-exploratório,
levando em consideração as novas tecnologias e referências bibliográficas como a
Constituição Federal Brasileira (1988), BOSTROM (2014) e um documento de alerta
publicado por Bill Gates, Elon Musk e Stephen Hawkin. Tal estudo é justificado pelas
eminentes ameaças trazidas pela inteligência artificial, que se encontram na
perspectiva de que os postos de empregos serão amplamente reduzidos com a
alteração da mão obra humana para a mão obra mecanizada e isso trará grandes
problemas à sociedade como um todo ferindo os direitos dos homens. A hipótese de
troca da força parece, em primeira análise, benéfica aos novos modelos de trabalhos
que surgirão, todavia, é necessário que os direitos trabalhistas adquiridos sejam
respeitados e mantidos. A CRFB defende como direitos sociais o trabalho, dessa
forma, o esforço do Estado e da justiça deverá estar focado em manter os postos
trabalhistas sem o corte desenfreado de posições de emprego que visem apenas o
lucro, e que excluam sem oferecer amparo aos trabalhadores que verão seus
empregos sumirem do mercado de trabalho. Conclui-se que se fará necessário a
regulamentação da IA para a transição desse novo modelo de mercado tecnológico
que parece se impor ao Homem, da forma que os postos de empregos atuais não
sejam cortados e gerem desemprego em massa. A Inteligência artificial pode ser
benéfica, mas exige um controle do Estado para que não se torne uma grande vilã.


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