ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA DE PRESIDENTE PRUDENTE: EDIFÍCIO DE CONSULTÓRIOS OBRA DOS ARQUITETOS ANA MARIA E FERNANDO KARAZAWA

Thaíssa Alves DOERING, Edda Maria Provana BERTONCINI

Resumo


Este trabalho tem como objetivo apresentar a análise arquitetônica do Edifício de consultórios, uma das obras selecionadas dos arquitetos Ana Maria e Fernando Karazawa, a ser estudada em um projeto de extensão. A pesquisa realizará um estudo aprofundado sobre a produção arquitetônica na cidade de Presidente Prudente, a partir dos anos de 1980 quando acontece o retorno de arquitetos que estudaram na capital e trazem consigo um novo repertório em arquitetura. O estudo é realizado com base em coleta de dados sobre a obra em questão, por meio de entrevistas com os arquitetos, estudo de plantas, cortes, fotografias, e pesquisa bibliográfica sobre análise arquitetônica. Desse modo, podemos verificar algumas características formais de circulação e a organização espacial do projeto em questão. Iniciando com o lote que dá acesso a três ruas: Avenida Washington Luiz, Rua Florianópolis e Rua Tenente Nicolau Maffei, sendo que nessa última verificamos um declive de 12 metros na topografia do terreno, tendo como ponto de partida desse projeto se adequar as condições topográficas sem comprometer sua circulação, e respeitando as normas de zoneamento. O edifício tem como entrada principal a parte mais alta dando acesso ao terceiro piso, tendo sua fachada voltada para Avenida Washington Luiz, levando a um corredor de consultórios médicos, finalizando com uma escada e um elevador que promovem a circulação vertical pelo prédio de quatro andares. A entrada lateral do prédio leva a uma garagem, no segundo piso, acessado pela rua Florianópolis, contém um pé direito mais alto com vedação de elementos vazados que permitem a iluminação e ventilação. A terceira entrada acontece pela rua Tenente Nicolau Maffei, sendo o andar mais baixo, se conectando a circulação do prédio por meio do elevador e escada. O quarto e último piso apresenta a mesma planta simétrica do terceiro andar, porém tem sua passagem do corredor com vazios nas laterais para permitir a passagem da iluminação zenital, e ventilação promovida pelos domos na cobertura. Outra técnica para o controle da iluminação e ventilação é a utilização de brise-soleil horizontal nas aberturas de todas as janelas de seu perímetro, causando também, um efeito estético. Por último e não menos importante, sua fundação foi feita de sapatas do tipo tubulão pelas características do solo: úmido e argiloso.

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