A QUESTÃO DO SETOR TERCIÁRIO SEGUNDO PENSAMENTO DE JEAN-BAPTISTE SAY
Resumo
Durante a evolução da Revolução Industrial, ocorrida no século XVII, algumas escolas do pensamento
econômico, bem como diversos intelectuais da época, procuraram entender as transformações que se
davam naquele momento. Paralelamente a David Ricardo e Thomas Malthus e outros autores
clássicos, Jean-Baptiste Say também buscou compreender a dinamização das relações sociais e
econômicas que ocorriam durante o século XVIII. Fundamentado nas bases e conceitos teóricos
estabelecidos até a sua época, Jean Baptista Say observou as mudanças nas atividades produtivas,
diferenciou-as e definiu-as em três segmentos de indústria, as quais utilizamos até os dias de hoje:
indústria agrícola, que se convencionou chamar de setor primário; indústria manufatureira, que se
convencionou chamar de setor secundário, e; indústria comercial, que se convencionou chamar de
setor terciário. Além de outras postulações e teorias, Jean Baptiste Say, no seu “Tratado de Economia
Política“ de 1808, dedicou-se a observar a indústria comercial ou simplesmente setor de serviços,
destacando que o valor acrescentado às mercadorias pelo comércio não é realizado na simples troca,
mas pelas operações realizadas na transferência das mercadorias desde a indústria agrícola até o
consumidor final, na maioria dos casos passando pela indústria manufatureira. Comenta e refuta a
maioria das idéias e teorias que pregam que o setor comercial é dado como improdutivo ou que valor
algum agrega às mercadorias, contrariando os princípios, vigentes à época, de que o setor de
serviços nada extrai da natureza, como a agricultura, ou nada transforma para consumo, como a
manufatura. Essas operações por ele destacadas são as mesmas que se conhece atualmente por
Logística (transporte de produtos), Representação Comercial (venda direto da indústria) e
Propaganda. A partir disso, utilizando sua apreensão da lógica da divisão do trabalho de Adam Smith,
Jean Baptista Say acredita que a especialização do setor comercial possibilitaria uma subdivisão dos
serviços oferecidos, otimizando, assim, as relações entre os agentes econômicos e os diferentes
setores produtivos. Baseando-se nas idéias de Jean Baptista Say, entende-se que suas afirmações
quanto às influências que as atividades terciárias exercem sobre os demais setores econômicos vêm
ao encontro com as discussões que se destacam atualmente quanto à importância desse setor nas
transações econômicas, principalmente quando consideramos as dimensões continentais, não
somente da nação brasileira, como também do Estado São Paulo, o ente da federação que mais
movimenta mercadorias no país. Seja ela do setor primário para o setor secundário, e deste para o
consumidor final, como diretamente do setor primário para o consumidor final, inevitavelmente através
do setor terciário.
econômico, bem como diversos intelectuais da época, procuraram entender as transformações que se
davam naquele momento. Paralelamente a David Ricardo e Thomas Malthus e outros autores
clássicos, Jean-Baptiste Say também buscou compreender a dinamização das relações sociais e
econômicas que ocorriam durante o século XVIII. Fundamentado nas bases e conceitos teóricos
estabelecidos até a sua época, Jean Baptista Say observou as mudanças nas atividades produtivas,
diferenciou-as e definiu-as em três segmentos de indústria, as quais utilizamos até os dias de hoje:
indústria agrícola, que se convencionou chamar de setor primário; indústria manufatureira, que se
convencionou chamar de setor secundário, e; indústria comercial, que se convencionou chamar de
setor terciário. Além de outras postulações e teorias, Jean Baptiste Say, no seu “Tratado de Economia
Política“ de 1808, dedicou-se a observar a indústria comercial ou simplesmente setor de serviços,
destacando que o valor acrescentado às mercadorias pelo comércio não é realizado na simples troca,
mas pelas operações realizadas na transferência das mercadorias desde a indústria agrícola até o
consumidor final, na maioria dos casos passando pela indústria manufatureira. Comenta e refuta a
maioria das idéias e teorias que pregam que o setor comercial é dado como improdutivo ou que valor
algum agrega às mercadorias, contrariando os princípios, vigentes à época, de que o setor de
serviços nada extrai da natureza, como a agricultura, ou nada transforma para consumo, como a
manufatura. Essas operações por ele destacadas são as mesmas que se conhece atualmente por
Logística (transporte de produtos), Representação Comercial (venda direto da indústria) e
Propaganda. A partir disso, utilizando sua apreensão da lógica da divisão do trabalho de Adam Smith,
Jean Baptista Say acredita que a especialização do setor comercial possibilitaria uma subdivisão dos
serviços oferecidos, otimizando, assim, as relações entre os agentes econômicos e os diferentes
setores produtivos. Baseando-se nas idéias de Jean Baptista Say, entende-se que suas afirmações
quanto às influências que as atividades terciárias exercem sobre os demais setores econômicos vêm
ao encontro com as discussões que se destacam atualmente quanto à importância desse setor nas
transações econômicas, principalmente quando consideramos as dimensões continentais, não
somente da nação brasileira, como também do Estado São Paulo, o ente da federação que mais
movimenta mercadorias no país. Seja ela do setor primário para o setor secundário, e deste para o
consumidor final, como diretamente do setor primário para o consumidor final, inevitavelmente através
do setor terciário.
Palavras-chave
Jean-Baptiste Say. Teoria Econômica. Setor Terciário.