DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CRIAÇÃO DE RENDA E INCLUSÃO SOCIAL A PARTIR DE PRINCÍPIOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Adriano Machado SANTOS

Resumo


Este estudo se baseia em uma experiência prática que se realiza na cidade de Presidente

Bernardes extremo oeste do estado de São Paulo. Observando a lógica de produção que visa

incremento ao próprio capital e confrontando-a com a lógica da produção cooperativista com

bases solidárias, propomos a discussão do sentido do desenvolvimento econômico, resgatando os

principais fatores que contribuíram com a formação da economia brasileira desde sua colonização

até a época atual, enfatizando o período que compreende o governo Juscelino Kubitschek até o

governo Fernando Henrique Cardoso. Encontra-se, nesse período histórico, grandes diferenças no

que diz respeito à adoção de políticas de planejamento econômico visando o fomento do bemestar

social e o desenvolvimento de uma economia competitiva nos moldes dos estados-nações

desenvolvidos. Assim, comparando-as, buscamos o entendimento do processo que levou ao

quadro atual. A partir da análise de um ambiente microeconômico, busca-se enfatizar as

vantagens que podem haver a partir da reativação e revigoramento de sua rede de produção e

trocas domésticas com os agentes ao seu redor, assim, criando dinamismo necessário a várias

cadeias de produção existentes e criando outras, para alcançar o objetivo final dessas ações que

é a geração de renda e a inclusão social. Tal inclusão social, certamente, levará a uma melhora na

condição de vida dado que grande parte da população encontra-se em situação de pobreza e

precária condição de vida, definindo um quadro de maior probabilidade de surgimento de doenças

dos mais variados tipos e, como exemplo o atual estágio do sistema de saúde público, vê-se aqui

que esse problema se agrava ainda mais. A falta de emprego provocado pelo baixo investimento

em setores estratégicos e o alto grau de competitividade dos grandes produtores – que tomam

grande parte do mercado consumidor dos produtos que poderiam ser potencialmente produzidos

por pequenas associações e que nem chegam a se formar pelo fato que na maioria das vezes

falta organização – pressionam parte da população rural a se deslocar para os centro urbanos,

criando-se bolsões de pobreza que, juntamente à marginalização, são as maiores moléstias

sociais da contemporaneidade. A inclusão social é proposta a partir de conceitos da economia

solidária, focando necessariamente o desenvolvimento do ser humano, esse, por sua vez,

proporcionado pela atividade econômica que não fuja de sua potencialidade local, como por

exemplo, a agricultura em pequenas propriedades, por meio de criação de estufas para produção

de hortaliças. Tal potencialidade pode ser ainda mais aproveitada pela assessoria econômica do

negócio, analisando a viabilidade autogerida do negócio e aplicando ferramentas

microeconômicas para o melhor gerenciamento da atividade. Assim, vemos o beneficio necessário

que tais ações objetivam no resgate da dignidade humana e o convívio com a prática da

cidadania, dado de sucesso de inúmeras experiências desse tipo em ambientes também muito

diversificados.


Palavras-chave


Inclusão social .Economia solidária. Economia local.

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