EDUCAÇÃO NO PÓS-PANDEMIA

Claudia Aparecida Da Silva SILVEIRA, Aline Mao DONATO

Resumo


O primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no Brasil em fevereiro de 2020. A pandemia deixou uma grande sequela e dentro do contexto da educação não foi diferente.  Em março de 2020 as aulas presenciais foram suspensas, e, com isso, os professores tiveram que se reinventar, uma vez que o ensino remoto se iniciou. Uma das ações tomadas na área da Educação foi a Medida Provisória N⁰ 934, de 1⁰ de abril de 2020, da Lei n⁰ 13.979 que, no uso de suas atribuições legais, dispensou a obrigatoriedade de dias letivos presenciais, tanto na educação básica como na superior. Como a COVID-19 continuava de forma persistente, o Art. 4⁰, Inciso II, § 1⁰, da Resolução CNE/CPN⁰ 2, de agosto de 2021, determinou a carga horária de 800 horas por meio de atividades pedagógicas não presenciais mediante o uso das tecnologias digitais de informação e de comunicação, para fins de integralização da respectiva carga horária. Os professores tiveram que se aprimorar no âmbito tecnológico para que houvesse aprendizagem e isso ocorreu de várias formas. Algumas escolas, no início, enviavam as atividades impressas e, logo após, começaram a gravar vídeos e aulas on-line para tirar dúvidas e até mesmo para ter um contato com os estudantes.  Porém, verificou-se que alguns professores tinham dificuldades para usar os meios tecnológicos ou, até mesmo, falta de recursos para produzir as aulas e/ou materiais. Os professores tinham que adaptar as disciplinas e as atividades de acordo com os recursos disponíveis para os alunos. Os aplicativos WhatsApp e Google Sala de Aula foram aliados para que os professores mantivessem contato com os estudantes e compartilhassem os conteúdos. Neste período, também, foi colocado a prova a questão de equidade e da inclusão, pois nem todos tinham acesso às tecnologias.  Mediante o cenário pandêmico, destacou-se ainda mais a vulnerabilidade já existente nas escolas, como a falta de acesso à internet e aos meios tecnológicos pelos estudantes, ausência dos recursos de tecnologia nas escolas, bem como o despreparo profissional. Com isso, as dificuldades na aprendizagem tornaram-se mais evidentes no pós-pandemia, visto que muitos alunos não tiveram acesso garantido às aulas online, aumentando ainda mais a desigualdade na garantia do acesso à educação de qualidade.  No retorno às escolas, grande parte dos estudantes trouxe um ensino remoto emergencial mal elaborado, devido a inabilidade de tempo em construí-lo.  Com isso, o retorno presencial veio acompanhado de defasagem educacional, devido aos métodos, experiências e interações que ocorreram nesse período, mostrando a fragilidade do sistema educacional. Ao considerarmos os preceitos da educação inclusiva, é preciso que as escolas compreendam os diferentes tipos e ritmos de aprendizagem e que promovam práticas para suprir os malefícios causados pela pandemia.


Palavras-chave


Educação. Pandemia. Aprendizagem. Escola

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