EVOLUÇÃO DOS MODELOS FAMILIARES.

Resumo

Este trabalho apresenta considerações históricas sobre estruturas familiares., relatando a
evolução do núcleo familiar, no decorrer dos séculos, através de um levantamento e discussão
sobre os modelos família: aristocrática, camponesa, da classe trabalhadora industrial, moderna e
contemporânea. Mostrando as diferentes formas de reorganização familiar ao longo do tempo,
trazendo a influencia da produtividade, social, cultural e político de cada modelo familiar. Discute,
também, uma reestrutura na educação e socialização das crianças, considerando que a família
aristocrata organizava- se a partir da necessidade de preservação da “fortuna” familiar e a
manutenção da ordem social, enquanto a família moderna organizava- se no espaço privado tendo
como um dos focos a criança que passa a ser o centro da atenção familiar. Neste modelo de
família a mãe tem o papel de educadora, e a escola de socialização. Nesta perspectiva, este artigo
tem como objetivo demonstrar através das mudanças na estrutura familiar, mostrando que não há
um modelo de família “puro”, pois, as formas de organização familiar mesclam características de
diversos modelos. Ressalta- se que não há muitos estudos sobre os modelos de família no Brasil,
existe sim, estudos sobre a família européia. Esta discussão visa, também, contribuir com o
trabalho de profissionais, como o Assistente Social, que atuam com famílias que se organizam
sobre uma outra ótica que não o modelo burguês, a chamada família contemporânea. Sendo
assim, é indispensável o profissional que trabalha com famílias ficar atento às evoluções
familiares. Este estudo é fruto de uma pesquisa bibliográfica. Concluí- se, que não há modelos de
família “puro”, há sim um modelo hegemônico como o nuclear, cuja estrutura compõe- se por pai,
mãe e filhos, que aparece em quase todos modelos de família. Na sociedade moderna as
mudanças das famílias através dos séculos, demonstram a evolução desta instituição determinada
pelas relações sociais mais amplas, de tal maneira, que hoje o modelo de família contemporânea,
reflete estas relações. Podemos destacar o papel da mulher na relação de gênero, na
contemporaneidade, os valores, crenças e hábitos mudaram, como por exemplo, o cuidado com
as crianças que se, comparado com o início do século há muito menos cobrança hoje, tanto da
mulher, quanto do homem, considerando a dupla jornada de trabalho da mulher, ou mesmo a
precarização do trabalho do homem. Acrescento, ainda, as demandas éticas dos dias atuais
quanto à igualdade de gênero, sem esquecer o respeito de ambos, independente de sua cor,
etnia, religião, ou opção sexual.