RAZÃO TÉCNICA E RAZÃO COMUNICATIVA: AINDA SOBRE O “ROMPIMENTO” DE HABERMAS COM A PRIMEIRA GERAÇÃO DA TEORIA CRÍTICA

Jonathas Vinicius Figueiredo MORAIS

Resumo


Pretende-se neste artigo cuidar da questão da “ruptura” da obra de
Jürgen Habermas com o conjunto de trabalhos de seus antecessores no
Instituto de Pesquisa Social. Na contramão de concepções que consideram que tal circunstância foi determinada pela vinculação do autor ao tema da democracia, ou que tal “rompimento” decorreu do abandono dos interesses ou princípios hegelo-marxianos, defendemos que a real mudança de rumo em sua obra ocorreu com o ensaio “Técnica e ciência como 'ideologia'”, onde a partir de um novo quadro teórico, fundado nas categorias “trabalho” e “interação”, ele propõe uma releitura do desenvolvimento da sociedade capitalista, sem perder de vista, no entanto, o espírito crítico. Tal demonstração será feita a partir da reconstrução do “debate” entre Habermas e Marcuse acerca do conceito weberiano de racionalização social, desenvolvido naquele ensaio e nos textos “Industrialização e capitalismo na obra de Max Weber” e “Ideologia da sociedade industrial”, de Marcuse.


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