ADVERGAMES: CAPTURA ILÍCITA DO CONSUMIDOR INFANTIL POR MEIO DA TECNOLOGIA DOS JOGOS DE PUBLICIDADE

Fabrício Germano ALVES, Pedro Henrique da Mata Rodrigues SOUSA, Felipe Lucas Medeiros de OLIVEIRA

Resumo


As crianças consumidoras urgem que suas necessidades sejam supridas por meio de estratégias legítimas e éticas que as divirtam. Assim, os jogos de publicidade, mais conhecidos como advergames, surgem como uma maneira de entreter o consumidor infantil, mas com o intuito de capturar sua atenção para fins de disseminação da vontade de adquirir e de utilizar os produtos e os serviços de determinada marca. Dessa forma, a problemática é relativa à ilicitude da captura publicitária da criança, por meio desses jogos de publicidade. Objetiva-se demonstrar quais são os limites jurídicos para o desenvolvimento dessa prática e, além disso, como sua suposta abusividade é caracterizada. Para tais fins, os procedimentos metodológicos utilizados para essa análise consistem em pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa e hipotético-dedutiva e com objetivo descritivo. Não há no ordenamento jurídico vigente, disposições normativas voltadas especificamente para a regulamentação dos advergames. Conclui-se, portanto, que a referida prática configura publicidade abusiva, tanto nos moldes do artigo 37, §2º, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), devido à aparente manipulação para com o consumidor pueril, como com fundamento no princípio da identificação publicitária (artigo 36, caput, CDC), quando houver impossibilidade de identificar a dita publicidade.


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