APAGAMENTO DO SUJEITO E CULTURA DE POVOS INDÍGENAS

Maria Eduarda Nogueira Afonso Oliveira

Resumo


O seguinte trabalho objetiva apresentar uma perspectiva do movimento histórico de apagamento da cultura e do indivíduo indígena. O Brasil se organizou enquanto colônia e, depois, Estado independente de maneira a reproduzir as consequências do processo de invasão e colonização portuguesa, os quais perpetuam até os dias de hoje, que estigmatizam os povos originários e mimetizam a falta de políticas públicas para essa parcela populacional. A psicologia, enquanto ciência e profissão, deve combater toda prática de exclusão e violência, de acordo com seu código de ética, mas a pergunta que se faz é: será que a psicologia sempre ocupou esse lugar? A psicologia foi regulamentada no Brasil há pouco tempo, tem 63 anos, e – sendo um saber e tendo uma epistemologia colonizadora - Para além de uma história representada por violência e omissão a sua ancestralidade, causadas pela sociedade, a psicologia se utilizou de narrativas dominantes para não pensar, ou achar que a questão dos povos indígenas não era uma implicação da psicologia. No entanto, constata-se que  na atual conjuntura, a psicologia se organiza a fim de dirimir sua falha neste processo, se organizando enquanto uma ciência e uma profissão que está implicada na questão dos povos originários e, mais que isso, na questão de romper a violência e a discriminação perpetuada pela sociedade contra estes.

 


Palavras-chave


Sujeito; Psicologia; Atuação profissional

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