O COMPORTAMENTO MODELADO PELAS CONSEQUÊNCIAS SOB A ÓTICA DAS AGÊNCIAS CONTROLADORAS
Resumo
O presente trabalho aborda a relação entre o comportamento modelado pelas consequências e o papel das agências controladoras na sociedade, com base nos pressupostos da Análise do Comportamento propostos por B. F. Skinner. Inicialmente, discute-se como os comportamentos humanos são produtos da interação entre o indivíduo e o ambiente, sendo mantidos e modificados a partir das consequências. Em seguida, apresenta-se o processo de modelagem, entendido como reforçamento diferencial de aproximações sucessivas até a consolidação de um comportamento-alvo, destacando sua importância na aquisição de novos repertórios e na manutenção de condutas desejáveis. A análise se expande para a atuação das agências de controle — como governo, religião, família, escola e psicoterapia — que, por meio de reforços e punições, exercem influência sistemática sobre o comportamento humano, promovendo a estabilidade e a organização social. São evidenciados exemplos práticos que demonstram como tais instituições utilizam reforçadores positivos e negativos para selecionar padrões de conduta, bem como os riscos do excesso de regras, que podem reduzir a sensibilidade do indivíduo às contingências naturais. Por fim, conclui-se que compreender a interação entre modelagem por consequências e controle social permite refletir criticamente sobre os mecanismos de regulação cultural, ressaltando sua relevância para contextos clínicos, educacionais e políticos, além de suscitar debates éticos sobre os limites do poder exercido pelas instituições sociais.
Palavras-chave
Análise do comportamento; Modelagem pelas consequências; Agências controladoras; Psicologia