CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA DE MEMBROS INFERIORES E A MASSA LIVRE DE GORDURA, MASSA MUSCULAR ESQUELÉTICA E GORDURA CORPORAL DE PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a correlação entre a força de membros inferiores e a composição corporal de participantes de um programa de reabilitação cardiovascular (RCV). Foram avaliados a composição corporal de 70 participantes (70,21?±?8,98 anos; 39 do sexo masculino [55,71%]) inseridos em um programa RCV por meio da bioimpedância elétrica tetrapolar de onde foram obtidos: massa livre de gordura (MLG – kg e %), massa muscular esquelética (MME – kg e %) e gordura corporal (GC – kg e %). A força do músculo quadríceps foi mensurada por meio de um dinamômetro digital, considerando o maior pico de força entre três contrações isométricas máximas. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para a análise dos resultados foi utilizada estatística descritiva e o teste de correlação de Spearman, devido à distribuição não paramétrica. CAAE: 35831220.8.0000.5402. Os participantes apresentaram média de MLG de 48,27?±?9,78?kg (63,95?±?11,80%), com 53 participantes (75,71%) classificados como “abaixo do ideal teórico”. A MME média foi de 23,68?±?6,08?kg (30,75?±?6,95%) e a média de GC foi de 28,41?±?13,00?kg (36,04?±?11,80%). O pico de força de quadríceps foi de 36,38?±11,96?kg. A força apresentou correlação positiva moderada com a MLG (r=0,408; p<0,001), correlação positiva forte com a MME (r=0,525; p<0,001) e correlação negativa fraca com a GC (r=–0,282; p=0,018). Conclui-se que a força dos membros inferiores se correlaciona à composição corporal, com resultados que sugerem que valores mais elevados de MLG e MME estão relacionados a maior força de quadríceps, enquanto valores mais elevados de GC está relacionado a menor desempenho muscular. Esses achados reforçam a importância da avaliação da massa magra em conjunto com a força muscular para estimar a qualidade muscular e orientar o planejamento individualizado do treinamento em programas de reabilitação cardiovascular.
Palavras-chave
força muscular; composição corporal; bioimpedância; reabilitação cardiovascular.