CÉLULAS-TRONCO: ESPERANÇA PARA A VIDA
Resumo
Objetiva o presente artigo, discutir a utilização de células-tronco para fins terapêuticos, bem como
a possibilidade de se permitir para os mesmos, o uso de células-tronco embrionárias. Para tanto, o
artigo inicia-se pela análise sucinta das 2(duas) espécies de células-tronco existentes, ou seja, as
adultas e as embrionárias, além de demonstrar, de modo superficial, a diferença entre ambas.
Posteriormente aprecia-se especificamente a polêmica e a importância da liberação do uso das
células-troncos embrionárias para possibilitar o tratamento de inúmeras patologias, tais como de
inúmeras doenças neurodegenerativas, letais ou gravemente incapacitantes, ou seja, aborda a
polêmica que ronda a utilização de células-tronco embrionárias para o tratamento de doenças
graves e letais. Demonstra-se no artigo as divergências existentes em relação ao uso de embriões
como matéria-prima para a terapia com células-tronco, citando inclusive a posição de maior parte
das religiões que entende ser esta terapia um atentado contra a vida. Busca-se evidenciar de
forma clara e concisa que tal posição religiosa não corresponde à realidade, pois os embriões
utilizados seriam os armazenados nas clínicas de fertilidade que depois de determinado período
são descartados, ou seja, caso não sejam utilizados para este nobre fim de salvar vidas, serão
apenas lixo hospitalar. Finalizando, concluiu-se que deve nosso Ordenamento Jurídico permitir o
uso de embriões para fins terapêuticos, mesmo havendo divergências nos aspectos éticos e
religiosos, pois esta terapia para milhares de indivíduos constitui a única esperança de cura e em
muitos casos a única esperança de vida, sendo o direito a vida plenamente garantido a todos em
nossa Constituição Federal vigente. Não cabe ao Ordenamento Jurídico impedir os avanços
tecnológicos e científicos que possam beneficiar a humanidade, mas sim, cabe a ele, estabelecer
normas capazes de impedir a utilização desses avanços em práticas potencialmente perigosas
e/ou nocivas para a raça humana. Sendo assim, deve-se almejar valores fundamentais de
referência que possam guiar juridicamente a atividade científica. Ressalta-se, ainda, ser necessário
uma análise mais profunda desse assunto para se obter o seu exato significado e conseqüências
para a humanidade. No entanto, até o presente momento, por todo exposto e analisado no
presente trabalho científico, nossa opinião é favorável ao uso de células-tronco para fins
terapêuticos, inclusive as de origem embrionária. O referido trabalho utilizou como procedimento
metodológico a forma documental indireta através da pesquisa documental e bibliográfica.