A TRANSDICIPLINARIEDADE COMO ALTERNATIVA NO PROCESSO DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL

Gilmara Betini, Suely Zambelli Silva de Souza

Resumo


O presente artigo tem como propósito examinar os aspectos sociais e
subjetivos dos familiares durante a prisão e dos egressos frente à liberdade. As
indagações perpassam desde as dificuldades dos familiares em lidar com essa
nova realidade (o indivíduo preso) como pelo processo de “reintegração social”
desta pessoa. A tão sonhada liberdade traz em seu bojo à dificuldade de
adaptação, os efeitos da prisionalização, a falta de oportunidades de se inserir
no mercado de trabalho, o medo da reincidência criminal, o desamparo frente à
nova perspectiva social e a angústia ao lidar com o estigma de ex presidiário.
Pressionado pelos Mecanismos Internacionais e pela sociedade mediante ao
alto indicie da violência criminal, o Brasil vem implantando de forma dispersa
uma política de atendimento ao egresso do sistema prisional. No estado de
São Paulo, atualmente, existem dezesseis Centrais de Atendimento ao
Egresso e Familia, uma delas no município de Presidente Prudente, cujo
projeto ético político profissional visa à defesa permanente dos direitos sociais
e humanos, assim como, a reintegração social daqueles que estão cumprindo
ou cumpriram penas. O trabalho em grupo (“Projeto Mulheres em SuperAção”)
embasado no referencial teórico metodológico da transdiciplinaridade é
apontado como possibilidade de reconstrução de projeto de vida pautado na
alteridade, solidariedade e reconciliação.

Palavras-chave


Egresso, Prisionalização, Reintegração Social,Interdisplinariedade, Transdiciplinariedade.

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