TERCEIRIZAÇÃO DAS PRISÕES COMO: UMA PROPOSTA DE POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS.
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar a terceirização dos presídios do País,
como uma forma de política penitenciária, ante a inércia estatal. É de conhecimento
de todos que este setor encontra-se exclusivamente nas mãos do Estado, que se
mostra incapaz de atingir a principal finalidade da Lei de Execução Criminal
brasileira, que é a de reintegrar o egresso à sociedade, por meio de práticas que
preservem os direitos humanos resguardados pela Constituição Federal de 1988. O
assunto toma proporção ainda mais relevante para a região de Presidente
Prudente: são 23 presídios instalados em 17 municípios, abrigando o maior número
de detentos por metro quadrado do mundo. Este artigo avalia a possibilidade da
adoção do modelo terceirizado no sistema carcerário brasileiro, à luz dos princípios
versados pela Constituição e pela Lei de Execução Penal, analisando
posicionamentos contrários e favoráveis a esta forma de gerenciamento. O trabalho
é justificado pelo estado caótico em que se encontram as penitenciárias de todo o
País, tomando como base entrevistas com pessoas que estão diretamente
envolvidas com o sistema prisional, além de pesquisa bibliográfica. Foram usados
os métodos dedutivo e indutivo.