METODOLOGIA PARA FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO DE EMPRESAS

Camila Pires Cremasco Gabriel, Helenice de Oliveira Florentino Silva, Luis Roberto Almeida Gabriel Filho, Matheus Choueri

Resumo


A administração do capital de giro constitui a política de compras, estocagem, produção, vendas e recebimentos das atividades de uma empresa.
De acordo com Chiavenato (2005), “o capital de giro é constituído de ativos circulantes (ativos correntes), são investimentos efetuados no curto prazo em função do ciclo de operações da empresa”.
Representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar o seu ciclo operacional, o qual engloba:
- compra de matéria-prima;
- estocagem de materiais e produtos acabados;
- vendas de produtos;
- recebimentos.
Representa o valor líquido das aplicações processadas no ativo circulante da empresa, ou seja, é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. E é denotado da seguinte forma:
CGL = ativo circulante – passivo circulante (1)
Esta relação define três cenários:
1 Docente do curso Tecnologia em Agronegócio (FATEC-Presidente Prudente/SP) - Mestre em
Matemática Pura (DM/UFSCar) e Doutora em Energia na Agricultura (FCA/UNESP).
camila@fatec.edu.br.
2 Docente do curso de Administração (CE/UNESP-Tupã/SP) – Mestre em Matemática Pura
(ICMC/USP) e Doutor em Energia na Agricultura (FCA/UNESP). gabrielfilho@tupa.unesp.br.
3 Docente do curso de Bioestatistica (IBBC/UNESP-Botucatu/SP) – Mestre em Matemática Pura
(USP) e Doutora em Matemática (USP). helenice@ibb.unesp.br.
4 Discente do curso Tecnologia em Agronegócio (FATEC-Presidente Prudente/SP).
matheuschoueri@bol.com.br.
i) Capital de giro líquido negativo: representa a insuficiência
dos recursos passivos da empresa a fim de cobrirem investimentos de
ii) Longo prazo, devendo, para esta finalidade, utilizar
recursos do passivo circulante (curto prazo);
iii) Capital de giro líquido nulo: apresenta total igualdade entre
prazos e valores dos recursos captados e aplicados da empresa;
iv) Capital de giro líquido positivo: indica a capacidade da
empresa auto financiar suas atividades (Capital de Giro Próprio). Porém, este valor não indica rigorosamente que os recursos que financiam a atividade são originalmente da empresa, podendo ser totalmente de terceiros e ainda assim superarem os valores do passivo circulante.
Segundo ASSAF NETO, 2009 “o ciclo operacional é caracterizado pelo processo natural e permanente de atividades operacionais de uma empresa, que envolvem a produção de bens, vendas e respectivos recebimentos”.
Cada uma dessas fases operacionais possui duração específica, sendo assim, as receitas obtidas em um determinado ciclo de produção podem ser empregadas no financiamento dos gastos dos ciclos seguintes.
Este fenômeno, em economias estáveis (inflação controlada),
possibilita o equilíbrio do capital de giro, pois não apresenta variações nos inúmeros preços específicos das operações (produção e venda) determinados por variações nos níveis gerais de preços. Caso contrário ao cenário de economia inflacionária em que o capital de giro empregado nas atividades operacionais é a cada ciclo produtivo relativamente menor que as receitas obtidas a partir destes, gerando para as empresas, crescentes investimentos financeiros para que se mantenha a mesma capacidade produtiva.
O capital de giro é, em parte, constituído por valores monetários depreciáveis perante a inflação o que promove a perda da capacidade de compra da empresa ao longo do tempo. Existem três posturas que uma empresa pode assumir com relação a seus investimentos em ativo circulante (BRIGHAM, et. al 2001):
i) Conservadora: a empresa diminui o risco aplicando em capital de giro para um mesmo nível produtivo.
ii) e iii) Média e Agressiva: são progressivas reduções nos
investimentos circulantes aumentando o risco e incrementando a rentabilidade.
Quanto maior for a participação do capital de giro sobre o ativo total, menor será rentabilidade. Quanto menor a aplicação no capital de giro maior é o retorno e conseqüentemente o risco da empresa.
Neste trabalho estudaremos o financiamento do custo de crédito em longo prazo em uma pequena empresa da região de Presidente Prudente

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