HABERMAS E A BIOÉTICA

Vitor de Medeiros MARÇAL, Charles FELDHAUS

Resumo


Não se pode mais ignorar a evolução científica e o que ela pode nos
proporcionar. Por isso, a bioética cada vez mais se mostra presente na vida humana.
Contudo, em se tratando de evoluir científico, a análise deve ser detalhada, sob
pena de se perder parâmetros éticos e desabar no que Habermas chama de "queda
livre moral", algo que nos faria perder certezas até então arraigadas em nosso
subjetivo. Assim sendo, o objetivo do trabalho é analisar questões relacionadas a
bioética, principalmente as inseridas nos livros "A Constelação pós-nacional:ensaios
políticos e O Futuro da Natureza Humana: A caminho de uma eugenia liberal?".
Vindo a tratar de temas como o diagnóstico genético de pré implantação, clonagem
humana e a utilização de células tronco para estudo. O frankfurtiano se apresenta
contrário a eugenia positiva e a clonagem humana, porém, favorável a eugenia
destinada e que segue a lógica da cura. Para ele, a eugenia aperfeiçoadora e a
clonagem limitam profundamente nossa liberdade, senso de igualdade e criariam
uma crise de responsabilidade e autonomia. Além disso, por não nos entendermos
senhores absolutos de nossa própria existência, correríamos o risco de cair em uma
crise moral, visto que a ética moral da espécie estaria sendo violada. A solução
Habermasiana seria deixar normativamente prescrito, limitando democraticamente
através de normas o que anteriormente resultava do acaso. Após apresentada a
argumentação Habermasiana, serão expostas algumas objeções que o pensador
alemão responde em um colóquio coordenado por Ronald Dworkin e Thomas Nagel,
intitulado Law, Philosophi e Social Theory.

Palavras-chave


Jurgen Habermas, bioética, manipulação genética, ética da espécie

Texto completo:

PDF