GEORGE KENNAN E O MERCADO DE CAPITAIS SIMBÓLICOS NO GOVERNO TRUMAN

Andrea PENNACCHI

Resumo


O presente texto analisa a estrutura de capitais simbólicos dispendidos por determinados membros do alto escalão do Departamento de Estado e de Defesa durante o governo Truman e sua evolução ao longo dos primeiros anos da Guerra Fria. Seu objetivo é apresentar um quadro sucinto de como se desenvolveram esses mecanismos de poder e o principal ponto de referencia do grupo é o diplomata e historiador George F. Kennan, autor de controvertido telegrama enviado ao Secretário de Estado em 1946 e suas ideias sobre como deveriam ser desenvolvidas as relações dos Estados Unidos com a União Soviética no pós Guerra. Na estrutura metodológica dessa análise, encontram-se os conceitos de mercado de bens simbólicos propostos por Pierre Bourdieu e o artigo aborda como o capital das relações entre esses membros dos Departamentos de Estado e Defesa se manifestou de formas diferentes, em termos de valor. Em alguns casos, observa-se que essas relações de poder se deram em consequência de posição na frátria social, em outros, de relações com o partido, com fratrias universitárias, com atividades profissionais em Wall Street ou em escritórios de advocacia que atendiam ao governo ou grandes empresas, ou de cargos militares, administrativos ou de inteligência ocupados durante a 2ª. Guerra, ou de relações profissionais na diplomacia ou até mesmo, do cruzamento desses vários capitais.

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