HANNAH ARENDT E O CONCEITO DE REVOLUÇÃO: variações de um conceito que está em constante devir

Daniela Emilena Santiago Dias de OLIVEIRA, Luiz Cambraia Karat Gouvêa da SILVA

Resumo


Hannah Arendt, filósofa alemã, construiu um conceito particular e específico sobre o termo “Revolução”, indicando que na Idade Média essa palavra designava fenômenos astrológicos e somente a partir da Idade Moderna o termo Revolução passou a ser empregado de forma análoga à mudanças políticas. A autora realiza uma análise do desenvolvimento da conotação da palavra a partir da leitura de duas revoluções consideradas fundamentais sendo essas: A Revolução Francesa e a Revolução Americana e conclui que nenhuma delas foi plenamente pródiga ao passo de ser considerada uma Revolução no sentido empregado ao termo a partir da Modernidade. E nos aponta uma nova perspectiva sobre a Revolução ressaltando que para sua efetivação é basal o surgimento de uma nova organização política, que, rompa com todas as estruturas antigas e com posturas há muito consolidadas. Arendt nos lembra, nesse percurso pelo termo Revolução que a mesma não pode ser reduzida a reformas.

Texto completo:

PDF