A DOAÇÃO ESSENCIAL: COMO A FALTA DE INFORMAÇÃO PREJUDICA MILHARES DE PESSOAS POR ANO

Ana Cláudia Wagna SILVA

Resumo


Neste trabalho, irei apresentar que a própria pessoa, em vida, deve decidir sobre a doação de órgãos. Além disso, relacionarei a quantidade de doadores de sangue com a de doadores de órgãos e explicarei o importante papel desempenhado pela conscientização nessas lutas, a favor das milhares de pessoas que esperam uma doação nos hospitais. Hodiernamente, no Brasil, existem mais de 207 milhões de pessoas, mas, somente 1,8% da população é doadora regular de sangue. Isso é o equivalente a, aproximadamente, 3 milhões de pessoas. É um número considerado alto, porém, não alcança a demanda que é, por ano, de 3,5 milhões de brasileiros. Muitas pessoas optam por não doar sangue por conta da religião, enquanto outras têm medo. Muitas famílias também se recusam a permitir a doação de órgãos de seus entes falecidos pelos mesmos motivos. As famílias religiosas muitas vezes acreditam que o falecido irá voltar à vida e que irá precisar dos órgãos. Outras famílias têm alguma esperança que seu parente não está realmente morto e preferem não permitir a doação por medo que a pessoa acorde no meio da cirurgia. Por causa disso, diversas cirurgias deixam de serem realizadas e milhares de pessoas são obrigadas a continuar esperando nas filas de espera, à espera de um órgão que pode salvar sua vida. Muitos morrem esperando. O que falta para estas vidas serem salvas é a conscientização. A doação de sangue deve ser incentivada não só em épocas de baixa nos estoques. E, também, esses assuntos devem ser discutidos em escolas, com crianças e adolescentes e em faculdades, com jovens e adultos. Mas, o mais importante, é que a própria pessoa, não a família, tome a decisão sobre a doação de órgãos, afinal somente ela deve decidir sobre o seu corpo, de acordo com os direitos da personalidade. A pessoa que decidir doar seus órgãos ao falecer, deve conversar com a família e explicar que esta é sua vontade e ela deve ser respeitada. Um doador pode salvar até dez vidas, enquanto uma única doação de sangue pode salvar quatro. Por isso, é muito importante a conscientização da população. A doação de sangue e órgãos é muito importante, pois dá esperança e vida a pessoas que um dia pensaram em desistir de tudo. Esse assunto nunca deve ser esquecido, especialmente porque pessoas dependem dele. Com conhecimento, o Brasil poderá, um dia, até mesmo zerar a fila de transplantes e manter lotados os bancos de sangue.

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