CONDUTIVIDADE EM POLÍMEROS E A DOPAGEM ELETRÔNICA NA POLIANILINA

Jéssica Mitiko MIZUKAWA, Elton Aparecido Prado dos REIS

Resumo


A cada dia o mundo passa por constantes mudanças e cada vez mais inovadoras, tudo está se modernizando, indústrias de todo mundo estão acompanhando, lado a lado, essas expansões tecnológicas, visando essa parte mais voltada às indústrias, surgiu-se um desafio: é possível substituir um metal galvanizado por um polímero que apresente características condutivas e seja capaz de conduzir a mesma quantidade de eletricidade do ferro em determinada função? O objetivo deste resumo é mostrar para as pessoas que é possível sim, obter um material plástico que alcance as propriedades condutivas do ferro, obtendo-se assim uma diminuição de custos, pois o material plástico é mais barato que o material metálico. Começando os estudos, tomou-se como experimento, uma peça pequena de metal galvanizado, contida em um certo produto automotivo, para uma substituição onde não é necessária uma alta condutividade no polímero, mas que ele seja capaz de substituir este metal realizando a mesma função elétrica. Os polímeros são um dos materiais mais abundantes dentro da indústria plástica, dentro de polímeros encontram-se os termoplásticos (apresentam propriedades que dão a capacidade de alterar seu formato através do calor, porém embora pode-se alterar inúmeras vezes sua forma, cada vez que se altera perde-se mais propriedades do material) e também os termofixos (polímeros não reprocessáveis). Entrando neste assunto, através de pesquisas científicas, chegou-se no polímero que mais se adequa a tal substituição, a polianilina. Um polímero que apresenta transição isolante e tem facilidade na polimerização e na dopagem, também apresenta uma certa capacidade condutiva (em torno de 10 a 10³ Scm-¹), mas que ainda precisa de melhorias a fim de chegar em propriedades parecidas com a do metal. A polimerização é um processo que dá origem às macromoléculas dos polímeros, por meio de reações químicas de monômeros (compostos simples), já o processo de dopagem é bastante interessante para este caso, pois descobriu-se que por meio do processo de dopagem eletrônica, que consiste em adicionar impurezas à um material semicondutor a fim de dotá-los de maiores propriedades semicondutoras, é possível que esta característica (condutividade) da polianilina seja maior e mais próxima de atingir a do metal dependendo do seu uso, neste caso a polianilina poderia ser capaz de substituir a peça de metal galvanizado realizando sua função de condutividade. A dopagem pode não só aumentar a condutividade da polianilina, mas também pode modificar sua solubilidade com diversos solventes. Através deste processo, o polímero condutor pode ser útil em outras aplicações como: baterias recarregáveis, sensores, diodos emissores de luz e inibidores de corrosão.

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