Uso do sistema de informações do SUS para análise dos casos e internações de dengue notificado pelo SINAN nos últimos anos em Presidente Prudente - SP

Isabelly OLIVEIRA, Wellington TEIXEIRA, Pablo SANTANA

Resumo


A dengue é considerada umas das mais importantes doenças por arbovírus, pois mais da metade da população mundial vive em países endêmicos de dengue. Uma estimativa global sugere que cerca de 50 a 200 milhões de casos de dengue ocorram anualmente. Em locais com alta incidência da doença a doença tem se mostrado um grande desafio para a saúde pública. Objetivo: Analisar o número de casos e internações de dengue referentes aos últimos anos na cidade de Presidente Prudente-SP. Método: Pesquisa baseada nos dados fornecidos em tabelas e gráficos gerados através do Tabnet/DataSUS, junto a base de notificações registradas no sistema de informação de agravos de notificação (SINAN), no estado de São Paulo referente ao município de Presidente Prudente no período de 2015 a 2020. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o município tem uma população estimada em 230.371 pessoas. Foram utilizadas as palavras chaves de acesso às colunas com registros em mês/ano dos primeiros sintomas e todos os casos prováveis que incluem notificações e internações junto a dados sobre faixa etária e sexo relacionado à doença. Resultados: De 2015 a 2020 foram registrados 26.335 casos da doença, sendo 14.570 (55%) são do sexo feminino e 11.750 (45%) do sexo masculino. A faixa etária de maior incidência de casos está entre 20-39 anos com 9.701 casos, seguida por 40-50 anos com um total de 7.602 casos. Em geral, pôde-se observar uma grande oscilação nos dados obtidos nesse período, pois no ano de 2015 foram registrados 3.626 caso e 2016 foram 12.397 casos (de janeiro a março de 2016 mais de 10 mil notificações foram feitas, chegando a ter vitimas fatais).Entre 2017 e 2018 os números foram baixos, 15 e 34 respectivamente, e voltando a subir em 2019 com 6.684 casos. Por fim, voltando a reduzir em 2020 com 3552 casos.Sobre internações o padrão numérico se manteve, em 2015 observa-se 348 enfermos, 2016 foram 511 pessoas. Já em 2017 e 2018 nota-se uma queda considerável (2 e 5 casos em cada), voltando a subir em 2019 com 121 internações e, em 2020, 127 casos.As principais faixas etárias atingidas foram de 20-39 anos com 199 pessoas internadas e 242 pessoas com idades de 40-59 anos. Conclusão: Ao analisar os dados de 2015 a 2020 nota-se uma grande oscilação no número de casos e aumento no final do período de análise, portanto,é importante buscar formas junto à comunidade para a construção de propostas mais sólidas, consistentes e permanentes no combate à dengue.

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