HÁBITOS DE VIDA E SINTOMAS MUSCULOESQUELÉTICOS DE FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO

Tiago Hitoji WAKISAKA, Mateus Oliveira da COSTA, Alessandra Madia MANTOVANI FABRI

Resumo


Introdução: O hábito de vida sedentário, o qual corresponde a falta de atividade física e longo período sentado, é um comportamento que prejudica a saúde. Em situação de difícil mudança desse cenário, como no ambiente ocupacional, é preciso investigar toda condições biopsicossocial para pensar em soluções assertivas. Objetivo: Avaliar o nível de atividade física, sedentarismos e sintomas musculoesqueléticos de funcionários administrativos de um centro universitário. Metodologia: Estudo transversal observacional, aprovado pelo comitê de ética (CAEE: 58820822.5.0000.8132). A avaliação foi composta por uma entrevista sobre dados gerais e antropométricos, aferição da pressão arterial, informações sobre a presença de doenças crônicas, tabagismo, testes de flexibilidade da cadeia posterior pelo Banco de Wells e teste funcional de sentar e levantar. Aplicou-se o questionário de comportamento sedentário, questionário de Baecke para atividade física e questionário de sintomas musculoesqueléticos para identificação de dor, formigamento ou dormência em diferentes regiões do corpo. Resultados: Participaram do estudo 16 profissionais de ambos os sexos atuantes em funções administrativas de um centro universitário. Em média apresentavam idade de 33,75±9,67 anos e 81% eram mulheres com índice de massa corporal de 29,54±6,23 kg/m2, relação cintura-quadril média de 0,87±0,15 cm e valores de pressão arterial sistólica 116,87±9,45 mmHg e pressão arterial diastólica 73,75±8,85 mmHg. Em média, os participantes trabalham por 38,75±5,0 horas/semana e a maioria possui ensino superior completo (69%). Houve um relato de um caso de hipertensão arterial, três casos de lombalgia e um de depressão dentre as doenças crônicas investigadas (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, infarto do miocárdio, osteoporose, lombalgia e depressão). Nos testes clínicos, nota-se um desempenho médio no teste de flexibilidade com o banco de Wells de 25,19±7,1 cm e, no teste sentar e levantar, em média realizaram 26,94±9,19 repetições. Sobre o comportamento sedentário, apresentou mediana de 10(62.5%) em assistir televisão todos ou quase todos os dias (138±47 minutos), dentre eles, 6 (37,5%) utilizam computador em casa (185±170 minutos) e 7 (43.75%) estudam além do trabalho (180±76 minutos). O tempo sentado no trabalho foi de 371±128 minutos e em meios de transporte foi 68±66 minutos. Seis participantes (38%) realizam, atualmente, alguma prática esportiva sendo um de intensidade leve, quatro de intensidade moderada e um de intensidade elevada. Em relação a atividade física ocupacional, 93% relatam ser moderadamente ativos. Acerca de sintomas dolorosos nos últimos 12 meses, 50% na área inferior do tronco, 31% relatam dor no pescoço, 25% no ombro, 12,5% no punho, 12,5% no quadril, 12% na área superior do tronco, 6,3% no joelho, 18,8% no tornozelo. Conclusão: A amostra apresenta-se sedentária e com atividade física ocupacional moderadamente ativa. Metade refere dor na área inferior do tronco, portanto, é importante o estimulo de exercício físico na melhora do perfil de saúde e qualidade de vida.

Palavras-chave


Hábitos de vida. Saúde. Atividade física. Sedentarismo. Sintomas musculoesqueléticos.

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