UMA PROPOSTA ALTERNATIVA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Resumo

Este texto propõe uma tentativa de análise científica acerca da economia solidária, sob um enfoque
político, aplicado à prática de cooperativas populares como alternativa para pessoas de baixa renda. A
abordagem se fará sintonizada com teorias de pensadores que atinaram para a questão social
inserida no contexto capitalista moderno. Pensamentos que primam pela emancipação humana,
marcada por mecanismos de controle capazes de encobertar personalidades inautênticas devido ao
molde de ser humano proposto pelos tempos modernos. Propostas de inversão de valores são
atenuantes para uma solução ante tal perspectiva de vida para uma grande maioria de pessoas que
se vêem a margem de uma sociedade incapaz de atentar para todos com potencial de alcançar o seu
próprio sustento. Por isso sentem-se imobilizadas em decorrência de fatores que primam pelo capital
e pelo lucro em detrimento da valorização humana. Conceitos de economia solidária, economia
política e argumentos de ordem prática são fatores preponderantes para o desenvolvimento desta
análise. A economia solidária surge como alternativa de modo de produção e distribuição de renda
perante o capitalismo. Associa-se a uma socialização dos moldes de produção, ou seja, posse dos
meios de produção, administração democrática da empresa através de participação direta ou por
representação, divisão da receita líquida de acordo com predeterminações aprovadas por todos os
envolvidos e por fim, destinação do excedente anual determinado pelo coletivo. A economia política,
por sua vez, está concatenada com os conceitos supracitados, além disso, estão sob a pauta de
interpretação dos fatos históricos, ancorado em idéias marxistas. Tal tarefa torna-se complexa, uma
vez que os cidadãos envolvidos neste contexto de organização social capitalista estão naturalmente
dotados de elementos culturais colhidos dos pensamentos e idéias correntes nos ambientes em que
vivem. Este panorama está sombreado pela atenção voltada aos modos de produção vigentes, em
vista de uma dialética, com o um processo de desenvolvimentos de processos antagônicos, mas que
mais tarde se convergem em unidades. Para além da teorização apresenta-se como ponto de
discussão e análise o contato efetivo com uma implantação de estufas agrícolas comunitárias para o
cultivo de hortaliças desde o momento de sua construção, passando pelo seu desenvolvimento até o
momento de geração de renda para as famílias beneficiadas com o projeto. Contudo vale ressaltar
que toda esta ilustração está aberta para acréscimos oriundos de novas especulações científicas, mas
por primazia o objetivo deste projeto de iniciação científica resume-se es estudos voltados para uma
especulação social, com abrangência econômica, global aplicado ao contexto local. Enfim, a tentativa
propõe fórmulas de mudança da realidade vivida em vista de uma oportunidade para seres humanos
colocados à margem de uma sociedade capaz de torna-los incompetentes para o diálogo, ou até
mesmo para ambicionar uma emancipação social, visto que se vêem vestidos com a capa das
opressões oriundas de pessoas e poderes reguladores.